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segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Reconstrução da Memória

"É preciso fazer com que uma vivência
ruim se torne uma lembrança aceitável"

Rita Jardim, psiquiatra, Rio de Janeiro
"Um cotidiano afetuoso aprimora a memória
do indivíduo e de seus descendentes"

Dean Harley, neurocientista da Tufts University (EUA)
Guardar apenas as lembranças boas, felizes. As ruins, aquelas que nos fazem recordar momentos difíceis e dolorosos, seria melhor que desaparecessem. Certamente você já se pegou imaginando como seria bom se isso fosse possível. Se depender da ciência, esse desejo está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Numerosas pesquisas realizadas por centros de estudo espalhados pelo mundo estão comprovando que se pode, sim, alterar ou apagar as memórias negativas, permitindo que a mente só traga à tona as recordações que nos fazem bem. Além de representarem um marco na evolução do conhecimento a respeito da memória humana, as experiências abrem uma fronteira importante para a criação de tratamentos de doenças geralmente marcadas por eventos traumáticos, sofridos, como a ansiedade, o estresse pós-traumático, a síndrome do pânico e a depressão. Nesses casos, a simples lembrança do episódio pode desencadear crises e fazer com que a pessoa sinta novamente as mesmas e terríveis sensações. Evitar que essa recordação apareça – ou fazer com que ela ressurja de modo menos assustador –, seria, portanto, uma maneira de poupar a pessoa de um novo sofrimento.

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